Caxias do Sul 09/09/2025

Setor avícola, com presença na Serra Gaúcha, amplia em 71,9% as exportações de ovos em agosto

Volume do produto embarcado no ano já supera 32,3 mil toneladas, com alta de 192%
Produzido por Silvana Toazza, 08/09/2025 às 10:42:42
Setor avícola, com presença na Serra Gaúcha, amplia em 71,9% as exportações de ovos em agosto
Japão, Estados Unidos, México, Emirados Árabes Unidos e Chile lideram embarques
Foto: ABPA, divulgação

O Brasil, incluindo conglomerados instalados na Serra Gaúcha, destaca-se nas exportações de ovos, que totalizaram 2.129 toneladas em agosto de 2025. O volume (incluindo produtos in natura e processados) é 71,9% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram embarcadas 1.239 toneladas, apontam dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O segmento tornou-se um prato cheio internacional: a receita gerada com os embarques no último mês alcançou US$ 5,729 milhões, desempenho 90,8% superior em relação ao mesmo período de 2024, com US$ 3,003 milhões.

Principais destinos

Com esse resultado, as exportações acumuladas entre janeiro e agosto alcançaram 32.303 toneladas, número 192,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (11.057 toneladas). O desempenho no acumulado do ano alcançou US$ 75,295 milhões, incremento de 214,5% em relação aos US$ 23,943 milhões obtidos no mesmo intervalo de 2024.

Em agosto, os principais destinos de exportação foram o Japão, com 578 toneladas (+328,5%), seguido pelos Estados Unidos, com 439 toneladas (+628,9%), México, com 304 toneladas, Emirados Árabes Unidos, com 182 toneladas (sem embarques no mesmo mês do ano anterior), e Chile, com 172 toneladas (-79,6%).

"Os embarques para os Estados Unidos sofreram os efeitos do tarifaço, com diminuição no fluxo embarcado no mês. Ao mesmo tempo, vemos a retomada de destinos, como os Emirados Árabes Unidos e o fortalecimento para novos importadores, como o México. De qualquer forma, não são esperados efeitos significativos à oferta interna de ovos, uma vez que exportamos menos de 2% de nossa produção", avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.