Nascida na Serra Gaúcha, em Farroupilha, e hoje com pegadas espraiadas pelo Nordeste brasileiro, a Grendene registrou receita bruta de R$ 1,02 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 10,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da indústria calçadista alcançou R$ 760,1 milhões, alta de 1,4% na mesma base comparativa. O volume de pares comercializados de julho a setembro apresentou queda de 10,2%, com a venda 36,3 milhões de pares no período. Mesmo assim, as receitas bruta e líquida por par galgaram avanço, de 23,2% e 13%, respectivamente.
"O ambiente doméstico segue desafiador para o consumo, com inflação persistente, taxas de juros elevadas, alto nível de endividamento das famílias e acirramento da concorrência. Ainda assim, ampliamos a receita bruta por conta da nossa estratégia focada em preservar margens, desenvolver produtos de maior valor agregado e diversificar mercados", argumenta Alceu Albuquerque, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Grendene.
No acumulado do ano: de janeiro a setembro de 2025, a Grendene registrou receita bruta de R$ 2,5 bilhões, aumento de 13,3%, e receita líquida de R$ 1,9 bilhão, alta de 6,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro bruto nos primeiros nove meses deste ano expandiu 5,8%, chegando a R$ 850 milhões, e o resultado líquido recorrente registrou crescimento de 18%, com R$ 530 milhões.
A saber: fundada em 1971, a Grendene é uma das maiores exportadoras de calçados do Brasil e uma das maiores produtoras mundiais. Detentora das marcas Melissa, Grendha, Zaxy, Rider, Cartago, Ipanema, Pega Forte e Grendene Kids, conta com 11 fábricas de calçados distribuídas pelo Ceará – Sobral (6), Fortaleza (2), Crato (2) – e Rio Grande do Sul – Farroupilha (1). Tem capacidade instalada para produzir 250 milhões de pares/ano. Seus produtos alcançam 65 mil pontos de venda no Brasil e 45 mil fora do país. A companhia conta com duas lojas conceituais: "Galeria Melissa" e "Rider Spaces", além de uma rede de franquias "Melissa".