Durante anos, comprar celulares para os times de trabalho foi considerado um sinal de solidez, quase um ritual corporativo. Mas, olhando para o mercado atual, será que essa lógica ainda faz sentido?
Cada aparelho adquirido significa um investimento alto à vista, perda de valor em poucos meses e um passivo que se acumula nas gavetas à medida em que a tecnologia evolui. O modelo de posse, que já foi sinônimo de controle, hoje representa imobilização de capital e desperdício silencioso.
Sem dúvida, a assinatura corporativa surge como uma resposta pragmática a esse cenário. Ao invés de comprometer o caixa com compras pontuais e onerosas, ela transforma um gasto pesado em uma despesa previsível, escalável e ajustada à realidade do negócio.
Trocar, atualizar e manter dispositivos passa a ser parte do fluxo natural da operação, sem as dores de cabeça que tradicionalmente acompanham a compra. O resultado? Empresas mais ágeis, com times sempre equipados e recursos direcionados para o que realmente importa: crescer.
Há também um aspecto estratégico que vai além da economia direta. Com o modelo de assinatura, as empresas reduzem riscos ligados à obsolescência e conseguem acompanhar mudanças tecnológicas com muito mais fluidez.
Não se trata apenas de ter um celular mais moderno, mas de evitar gargalos de comunicação, falhas operacionais e até prejuízos decorrentes de atrasos na substituição de equipamentos críticos. Em um ambiente corporativo cada vez mais dependente de mobilidade e conectividade, a rapidez na atualização tecnológica deixa de ser luxo e passa a ser pré-requisito de competitividade.
Outro ponto negligenciado no modelo de compra é a gestão do ciclo de vida dos dispositivos. Quem compra precisa armazenar, consertar, redistribuir e descartar, sendo que cada etapa consome tempo, energia e orçamento. Com a assinatura, esse processo é simplificado e, muitas vezes, automatizado.
As equipes não precisam se preocupar com o que fazer com aparelhos antigos nem com a burocracia de reposição: tudo flui de acordo com a demanda. Isso não apenas reduz custos ocultos, como também libera os times internos para focar em atividades de maior impacto para o negócio.
Continuar comprando celulares como se fosse a única opção é insistir em um modelo que não acompanha o ritmo do mercado. A tecnologia avança rápido demais para ser tratada como patrimônio. Flexibilidade é o novo controle. E as empresas que entenderem isso primeiro sairão na frente, gastando menos, operando melhor e evitando o peso de investimentos que envelhecem antes mesmo de se pagarem.
Stephanie Peart é Head da Leapfone, startup pioneira no conceito de Phone as a Service e na oferta de smartphones como novos por assinatura. - E-mail: leapfone@nbpress.com.br.
Da mesma autora, leia outro texto AQUI