Caxias do Sul 05/05/2024

Prêmio VIVITA CARTIER 2023 tem 20 obras inscritas

57º Concurso Anual Literário de Caxias do Sul recebeu 65 trabalhos entre obras literárias e textos inéditos
Produzido por redação, 21/04/2023 às 08:48:00
Prêmio VIVITA CARTIER 2023 tem 20 obras inscritas
Poeta gaúcha Vivita Cartier inspira o nome da premiação literária caxiense
Foto: DIVULGAÇÃO

Foi divulgada esta semana, pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC), a lista dos concorrentes ao 57º Concurso Anual Literário de Caxias do Sul. No total, são 20 inscritos na categoria obra literária (prêmio Vivita Cartier) e 45 inscrições de textos inéditos – contos, crônicas e poesias. Nesta edição, entre os textos inéditos, concorrem 12 autores com contos, 13 com crônicas e 20 com poesias.

O Concurso Anual Literário de Caxias do Sul é considerado o mais longevo do Estado e busca revelar e incentivar talentos da cidade. Os vencedores na categoria de textos inéditos recebem troféu (1º lugar) e medalhas (2º e 3º lugar), além de certificados. A obra vencedora do prêmio Vivita Cartier é contemplada com prêmio em dinheiro no valor de R$ 10 mil, certificado e troféu.

Além da premiação, na categoria de textos inéditos será publicada uma antologia, na qual os vencedores recebem exemplares (60 para os 1ºs colocados, 40 para os 2ºs, e 20 para os 3ºs). O lançamento está previsto para ocorrer durante as comemorações do aniversário da Biblioteca Pública Municipal Dr. Demetrio Niederauer, dentro da programação Feira do Livro de Caxias do Sul, no mês de outubro.

Prêmios estão à espera dos vencedores de 2023 (Foto: Juliane Ribas)

A comissão avaliadora se reunirá em data ainda a ser definida, para apontar os vencedores do Concurso Anual Literário em 2023. Já a entrega dos troféus e medalhas será realizada em uma cerimônia no dia 15 de junho, a partir das 18h30, na Galeria de Arte Gerd Bornheim da Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima.

Confira os concorrentes

ao Prêmio Vivita Cartier

- ALBUQUERQUE FILHO, Dinarte. A tempestade é metáfora. Caxias do Sul: Liddo, 2022.

- ANTUNES, Adriana. O-vári(a)s. Belém: Folheando, 2022.

- ARENDT, João Claudio. Bocejos de enfado. Vitória: Pedregulho, 2022.

- FAÉ, Geneviève. Ponha-se no seu lugar. São Paulo: Patuá, 2022.

- FALKS, Maya. Já não somos os mesmos. Guaratinguetá: Penalux, 2022.

- FALKS, Maya. Pátria. Jundiaí: Telucazu, 2022.

- FAZAL, Eduardo. Eu, ela, a criança. João Pessoa: Escaleras, 2022.

- MARTINS, Gustavo Tamagno. O colecionador de momentos e outras crônicas. Caxias do Sul: Virtua, 2022.

- MEZZOMO, Gabriela. Colar de pérolas. Caxias do Sul: Virtua, 2022.

- MUNGNOL, Marcelo. Neblina na tarde fria. Caxias do Sul: Liddo, 2022.

- PESSOA, Marcelo Godinho. As 15 poesias de Pessoa. Caxias do Sul, 2022.

- POSSAMAI. Jorge Luiz. A noite também faz parte. 2. ed. Uberlândia: Flyve, 2022.

- POSSAMAI, Jorge Luiz. Invernos de verão. Uberlândia: Flyve, 2022.

- RODRIGUES, Tatiana Barduco. Um anjo de criança. Caxias do Sul: São Miguel, 2022.

- ROSA, Albino César Moraes da. Do que não faz mais sentido. Caxias do Sul: Lorigraf, 2022.

- ROSSONI, Emir. Mamãe trabalhava à noite. Jundiaí: Telucazu, 2022.

- SOUZA JR., Sady Carlos de. Contos de areia de Itanhaém. São Paulo: Scortecci, 2022.

- ZANOTTO, Normelio. Casa do Tempo. Caxias do Sul: EDUCS, 2022.

- ZARDO, Bernardeth P. G. A estrada de Damasco. Caxias do Sul: Lorigraf, 2022.

- ZULIAN, Venâncio. As pérolas do Severino e outras crônicas. Porto Alegre: Metamorfose, 2022.

QUEM FOI VIVITA CARTIER

Vivita Cartier (1893 – 2019) foi uma poeta nascida em Porto Alegre que dedicou sua vida à construção de uma “persona” artística e literária. Filha de descendentes de franceses e de italianos, Vivita participou ativamente do cenário cultural na Capital do Estado e em Caxias do Sul, onde possuía estreitos laços familiares.

Sua poesia e seu talento na arte declamatória eram conhecidos e aplaudidos por todo o estado. Participava ativamente de eventos culturais e sociais e era reconhecida pelos meios intelectuais e pela imprensa da época. Nunca lançou livro, apesar de ter tido alguns de seus poemas publicados em jornais e revistas da época, com seus versos sendo aclamados.

Acometida por tuberculose com cerca de 19 anos de idade, mudou-se, com os pais, para Criúva, hoje distrito de Caxias do Sul, em busca de ares serranos benfazejos a seu quadro clínico. Ali viveu seus últimos sete anos combatendo a doença e produzindo poesia. Morreu em 21 de março de 1919, aos 26 anos (completaria 27 em 12 de abril) e segue sepultada no Cemitério do Pontão, em Criúva.

Seu nome e sua memória viraram mito, a ponto de ela ser patrona de uma cadeira na Academia Caxiense de Letras e também na Academia Literária Feminina de Letras, de Porto Alegre.

Em 2019, no centenário de seu falecimento, o escritor Marcos Fernando Kirst lançou uma extensa biografia resgatando sua trajetória e seus poemas, intitulada “O Ocaso da Colombina: A Breve e Poética Vida de Vivita Cartier”.

Biografia da poeta foi lançada em 2019 (Foto: Divulgação)