Se você descobriu que tem problema na veia safena (aquela que passa pela parte interna da perna e pode causar varizes), como dor, cansaço ou inchaço, talvez esteja se perguntando qual é a melhor intervenção disponível.
Atualmente, existem três principais técnicas para tratar a veia safena: a cirurgia convencional (extração ou Stripping) é o método tradicional, em que o cirurgião faz cortes e remove fisicamente a veia safena. Embora eficaz, é mais invasivo. Exige cortes maiores e pontos, causa mais dor no pós-operatório e maior é o tempo de recuperação, além de aumentar o risco de hematomas e infecções. Também pode deixar cicatrizes visíveis.
Já o laser endovenoso (EVLT) se constitui em uma técnica em que uma fibra de laser é colocada dentro da veia para “fechá-la” com calor. As vantagens em relação à cirurgia é que não necessita de cortes grandes, há menos dor e menor tempo de recuperação, mas também existem desvantagens: o calor do laser pode ser mais agressivo, causando possíveis hematomas ou formigamentos e de um pós-operatório com alguns incômodos.
A radiofrequência endovenosa (RFA) se mostra como o método mais avançado e confortável hoje. Funciona como o laser, mas, ao invés de usar luz, utiliza ondas de radiofrequência para aquecer e fechar a veia de forma mais controlada e suave. Há menos dor no pós-operatório, quase nenhum hematoma, rápida recuperação com anestesia local e ausência de cicatrizes visíveis. Assim, há menor risco de lesões nos nervos e os resultados se apresentam mais duradouros, com excelente taxa de sucesso.
Por isso, se você busca um tratamento contemporâneo, eficaz e com o menor desconforto possível, a radiofrequência endovenosa é a melhor escolha para tratar a veia safena. A indicação é sempre conversar com seu cirurgião vascular e verificar se você é um bom candidato para esse procedimento.
Vinícius Lain é cirurgião vascular