Caxias do Sul 26/04/2024

Por alguma razão, acordei me sentindo feliz

Estar aberto a novos encontros, novas ideias, novos momentos, permitir-se sonhar e viver, seja por reencontros ou por encontros, isso faz a vida valer a pena
Produzido por Sérgio Blankenburg, 05/05/2020 às 08:23:26
Foto: ARQUIVO PESSOAL

Tem dias que acordamos estranhamente felizes, tão felizes que necessariamente e automaticamente uma reflexão se faz necessária.

Hoje é um desses dias para mim. Me pergunto, como posso estar tão estranhamente feliz em meio à situação toda que está ao meu redor? Tem um vírus novo no ar, uma estiagem, desemprego, fome, incertezas e tantas outras coisas mais que deveriam fazer com que essa felicidade fosse sufocada, suprimida. Mas estranhamente hoje nada disso importa.

Seria isso egoísmo da minha pessoa, do meu ser? Estou sendo egocêntrico em ter esse momento de esplendor? Talvez sim, talvez não, mas nesse momento tenho certeza que a resposta a essas perguntas não faz a menor diferença.

Nesse momento dessa estranha felicidade, um filme com recordações do passado passa pela minha mente, reproduzido em alta velocidade, me mostrando lembranças aleatórias, de forma estranha. E em algumas dessas cenas desse filme, as imagens são mostradas em câmera lenta, às vezes até pausando imagens. E, como num cenário tridimensional, a câmera gira ao redor da cena, como se o operador dessa projeção quisesse me levar a alguma reflexão.

E são reflexões lindas, profundas, cheias de significado especial, cheias de encanto, cheias de significado e, acima de tudo, cheias de pessoas muito especiais.

Depois desse momento de quase transe, tenho certeza de que essa felicidade tem motivo de ser, e o único motivo de ser são as pessoas especiais que cruzam minha vida.

Algumas pessoas já fazem parte dessa jornada há muitos anos; algumas já fizeram parte no passado; algumas recém chegaram. Todas elas são o motivo desse sentimento, desse êxtase matinal nesse belíssimo dia.

Nenhuma situação, por pior que fosse, poderia ofuscar essa sensação de plenitude que hoje sinto em razão dessas pessoas na minha vida.

Estar aberto a novos encontros, novas ideias, novos momentos, permitir-se sonhar e viver, seja por reencontros ou por encontros, isso faz a vida valer a pena.

Que esse sentimento de hoje seja eterno enquanto dure. E, quando ele perder intensidade, que novos encontros e reencontros possam surgir para esse êxtase reviver.

Sérgio Blankenburg é microempresário atuante nas áreas de informática e de redes. No entanto, prefere descrever-se como “um mero aprendiz numa jornada humana em busca dos segredos da vida e do autoconhecimento”.

E-mail: sulig@sulig.com.br