Caxias do Sul 01/05/2024

Construtora caxiense entra em recuperação judicial

Diante de dívidas superiores a R$ 8 milhões, pedido foi aceito pela 6ª Vara Cível da Comarca de Caxias do Sul
Produzido por Silvana Toazza, 29/09/2022 às 09:31:03
Construtora caxiense entra em recuperação judicial
Colina Ducale está entre os empreendimentos
Foto: Reprodução

Algumas companhias da construção civil de Caxias do Sul vêm passando por dificuldades econômicas, ainda intensificadas pelos reflexos da Covid-19. Para buscar caminhos para saldar dívidas com credores superiores a R$ 8 milhões, a AMPR – Arquitetura e Incorporações teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela 6ª Vara Cível da Comarca de Caxias do Sul. A decisão se aplica também a outras duas empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico. São elas: INZ Serviços para Construção Civil e Update Sinimbu Empreendimentos Imobiliários SPE.

A AMPR – Arquitetura e Incorporações alega que a decisão busca evitar que seus credores sejam ainda mais prejudicados pela "inadimplência inevitável". Com o objetivo de solucionar as causas da crise antes que suas consequências se tornem irreversíveis, as empresas, cujas obras encontram-se atualmente paralisadas, identificaram na recuperação judicial o meio mais propício para alcançar sua reorganização e, evidentemente, saldar o seu passivo que soma mais de R$ 8 milhões em dívidas recuperáveis, explica a advogada Aline Ribeiro Babetzki, especialista em recuperação judicial, que atua nesse processo.

A AMPR é uma empresa de construção civil dedicada à incorporação de imóveis residenciais e comerciais, que iniciou suas atividades em abril de 2009 e se especializou na construção de imóveis de padrão médio e popular. Ao longo desse tempo, construiu um portfólio de empreendimentos planejados para atender diversas necessidades, seja de investir em um imóvel ou adquirir um lugar para morar. Para abranger diferentes perfis de público, deu origem a outras empresas.

O grupo alega que conta com parceiros que demonstram interesse na aplicação de investimentos para finalização das construções iniciadas e hoje suspensas, o que reitera a pertinência do procedimento judicial.