POR MARCOS FERNANDO KIRST
Como ser original em um mundo globalizado interconectado em tempo real via internet, redes sociais, 5G e parafernálias digitais, no qual qualquer atitude ou projeto inventado em determinado quadrante pode ser imediatamente detectado e usufruído do outro lado do planeta? Ora, basta ter talento e ser exatamente isso: original.
A resposta ao questionamento é simples (simplória, na verdade), porém, executá-la de verdade, aí é que são elas. Muitos tentam e acabam escorregando no plágio, na cópia, na busca da fama antes da construção da relevância da obra e do nome, na superficialidade advinda da ansiedade desprovida de esforço prévio. Muito esforço, talvez, seja um dos ingredientes cruciais da fórmula, e dedicar-se à arte como plataforma de expressão daquilo que de fato habita a alma do artista, independentemente do grau de sucesso que poderá obter, pode também ser outro elemento vital no processo.
Assim, sempre é prazeroso deparar, meio que por acaso, com manifestações artísticas realmente originais e relevantes, repletas de talento e qualidade, independentemente de qual parte do mundo em que são geradas. A sensação de estar apreciando algo novo invade o espectador quando ele entra em contato com a música e as performances da banda SUPERORGANISM, composta por oito integrantes oriundos de várias partes do mundo: Inglaterra, Nova Zelândia, Japão e Estados Unidos.
A banda foi formada em 2017, quando um grupo de oito amigos virtuais apaixonados por música (quatro deles já tinham uma banda nos EUA) passaram a manter contato via internet em sites musicais e decidiram passar a produzir canções juntos, de brincadeira. A brincadeira ganhou corpo quando o fruto da criatividade do octeto passou a ser reconhecido e a ganhar fãs, devido à originalidade e à criatividade apresentadas, a começar pelo carisma da jovem (de 20 anos) vocalista, a japonesa Orono Noguchi.
Mas como o lema desta seção é “menos fala e mais música”, SENTE O SOM do originalíssimo SUPERORGANISM aqui:
