Caxias do Sul 03/05/2024

Empresa caxiense desenvolve peças para veículos militares

Novidade permite a nacionalização de componentes necessários à manutenção da frota de viaturas do Exército Brasileiro
Produzido por Silvana Toazza, 14/09/2023 às 23:12:01
Empresa caxiense desenvolve peças para veículos militares
Nova tecnologia foi empregada para produto específico
Foto: Assessoria de Imprensa do Exército Brasileiro

A caxiense Frasle Mobility desenvolveu peças para sistemas de frenagem e movimentação de tanques militares. A novidade permite a nacionalização dos componentes necessários à manutenção da frota de viaturas do Exército Brasileiro. Ao longo deste segundo semestre, a companhia avançou no desenvolvimento das peças e na evolução das várias etapas do projeto com vistas a encontrar soluções para a frota de viaturas blindadas modelo Leopard 1A5 BR, de origem alemã.

As equipes de pesquisa, desenvolvimento e inovação das marcas Fras-le, Fremax e Controil trabalharam em discos e pastilhas para o sistema de freios e anéis retentores para cubos de roda e almofadas das lagartas, que são as esteiras que auxiliam na movimentação do tanque. O diferencial desses componentes em relação aos produtos com aplicação comercial civil é o melhor desempenho em condições de temperaturas mais elevadas e de maior energia demandada nos processos de frenagem e movimentação do veículo.

Novos processos de fabricação

"A escolha das matérias-primas e design das peças considerou essas especificidades e serviu também para agregarmos novos processos de fabricação ao nosso dia a dia. Em particular dos componentes de frenagem, passamos a adotar um processo chamado sinterização, em que damos forma às peças por meio da prensagem de alta pressão a frio e densificação em forno com atmosfera controlada, que é uma tecnologia diferente do que usamos em produtos rodoviários comerciais, em que o processo de prensagem da pastilha é por temperatura", explica o diretor de engenharia e vendas OEM da Frasle Mobility, Alexandre Casaril.

A habilitação a um novo processo de fabricação de componentes pode, no futuro, gerar outras aplicações comerciais, como em linhas de peças para motocicletas, por exemplo. Com mais de um ano e meio de evolução, o desenvolvimento do projeto teve a participação de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e a validação dos protótipos contou com apoio do Centro Tecnológico Randon (CTR).