POR MARCOS FERNANDO KIRST
A face do século XX teria sido outra se ninguém tivesse inventado a figura de BOB DYLAN, personagem ícone da cultura pop, influenciador de estilos de centenas de artistas e de milhões de vidas de pessoas ao redor do planeta, com ecos perenes nas artes até os dias de hoje.
Felizmente, um jovem rapaz do estado norte-americano de Minnesota, nascido na cidade de Duluth sob o nome de Robert Allen Zimmerman, percebeu isso e deu vida ao nome artístico que se transformaria em mito, legando ao mundo um dos maiores artistas que já transitaram sobre a Terra em todos os tempos.
Neste dia 24 de maio de 2021, Bob Dylan completa inimagináveis 80 anos de vida e seis décadas de carreira, consolidando uma trajetória artística composta pela composição de 600 canções e 39 álbuns de estúdio, configurando uma das mais relevantes personalidades do mundo artístico ainda em atividade em nossa época. Em sua prateleira especial em casa, acumula prêmios como o Grammy, o Oscar, o Pulitzer, o Globo de Ouro e o Nobel de Literatura, devido à esfera da compreensão do humano que atinge com a composição de suas letras.
Sob o manto do personagem Dylan, Zimmerman criou uma persona que amplifica os limites da música em todos os gêneros nos quais transita, como o folk, o country, o rock, o gospel, a música tradicional norte-americana, o blues... De voz deliberadamente fanhosa, evoca a arte dos antigos menestréis, focados no narrar de histórias humanas que ultrapassam as linhas melódicas e se estabelecem na eternidade das grandes obras artísticas perenes legadas à humanidade pelos gênios.
Viver, para ele, significa estar nos palcos arremessando as frases de suas composições ao mundo, acompanhado sempre de bandas impecáveis, conduzidas com mão de ferro por sua exigência minimalista de qualidade total. Desde a década de 1970, empilha shows ao vivo (agora minimizados pelas imposições da pandemia), em uma turnê batizada significativamente de “Never Ending Tour”, ou “A Turnê Sem Fim”, em tradução livre deste cronista. Autoexplicativa, depreende-se que a turnê só terminará quando ele...
E, a julgar pela vitalidade criativa do rapaz, pode-se esperar ainda longa vida para o tour que celebra a trajetória deste ícone das artes. Parabéns, BOB!
Para comemorar os 80 anos de BOB DYLAN, o site selecionou DEZESSEIS canções icônicas do menestrel (algumas delas, interpretadas por outros artistas). SENTE OS SONS:
BONUS TRACK:
"Negro Amor", na versão de Zé Ramalho para “It´s All Over Now, Baby Blue”: