Em transmissão ao vivo pelo Facebook (as lives diárias nas quais responde perguntas da imprensa), na tarde desta quinta-feira (26), o governador Eduardo Leite reforçou que as medidas de restrição ao funcionamento de empresas e lojas só serão flexibilizadas com base em dados científicos. Precisa entender, a partir dos números de casos de infectados e de mortes, o nível de contágio em que encontra-se o Rio Grande do Sul em relação a outros Estados e países.
Ele também garantiu que o momento é de estruturação do sistema hospitalar, com mais leitos de UTI e clínicos e a chegada de respiradores e equipamentos de proteção prometidos pelo Ministério da Saúde. Além disso, o governador salientou a proposta de acelerar testes rápidos, a partir de parceria com universidades, e por amostragem para acompanhar a evolução do coronavírus.
A pergunta fez frente a uma nota emitida nesta quinta-feira por quatro entidades ligadas ao empresariado do Rio Grande do Sul. Fiergs (indústria), Farsul (agronegócio) e Fecomércio endossaram um manifesto em conjunto em defesa da retomada das atividades econômicas. A sugestão é que as empresas devem voltar a operar com 50% de pessoal no dia 1º de abril e, com 100%, no dia 6, para evitar retrocesso econômico e desabastecimento de produtos. Elas ressalvam o isolamento entre pessoas do grupo de risco.
A Federasul emitiu comunicado próprio também pedindo um plano para garantir a retomada das atividades na primeira semana de abril.
O governador Eduardo Leite salientou que é prematuro falar de prazo para o relaxamento das restrições.
- Seria um achismo. Até o final da semana que vem vamos compreender o cenário. Permaneçam em casa. Restrinjam as atividades - pontuou.
Leite diz que tem ciência do impacto econômico das medidas, mas possui a responsabilidade de zelar pelas vidas, conforme orientação dos órgãos de saúde.
O governador afirmou ainda que anunciará novas medidas nos próximos dias e semanas com o intuito de manter as empresas e cuidar das pessoas.
