Prestes a completar 93 anos de história, a Cooperativa Vinícola Aurora começa a receber dos produtores familiares as primeiras variedades de uvas, como Chardonnay, Pinot Noir, Malvasia de Cândia Aromática, BRS Magna, BRS Violeta, Bordô e Isabel Precoce. A colheita segue até março, e a empresa projeta uma safra com 63 milhões de quilos de uvas, 2,5% abaixo da média dos últimos 10 anos.
Na comparação com a vindima de 2023, a redução é de 10,6% e foi provocada pelos efeitos climáticos do fenômeno El Niño na Serra Gaúcha. Na última década, a média anual de volume foi de 64,4 milhões de quilos, sendo que a maior safra registrada ocorreu em 2021 (90 milhões de quilos) e o menor volume em 2016 (33,6 milhões). Para a próxima quinzena, deverão ser colhidas castas como Riesling Itálico, Egiodola e Viognier.
“No auge da safra, no mês de fevereiro, chegamos a receber até 2,5 milhões de quilos por dia. Toda essa operação é realizada com horário marcado para preservar a qualidade da matéria-prima e para que consigamos fazer o processamento da uva no menor tempo possível”, explica o gerente Agrícola da Cooperativa Vinícola Aurora, Maurício Bonafé.
Ele acrescenta que a qualidade e a sanidade da uva nesta safra estão dentro dos padrões, com destaque para a variedade Chardonnay, utilizada para a elaboração de espumantes, e para as uvas que são destinadas para o suco integral.
Bins com capacidade
de até meia tonelada
A Aurora é a maior cooperativa vinícola brasileira e responde por cerca de 10% da safra gaúcha da fruta para processamento. A empresa desenvolveu um programa para acelerar a substituição das antigas caixas de 20 quilos por bins com capacidade de até meia tonelada. A iniciativa busca ajudar em todo o processo, desde a colheita nas propriedades dos 1,1 mil associados, até chegar à entrega nas três unidades de recebimento (Matriz, Vale dos Vinhedos e unidade 2), em Bento Gonçalves (RS).
Atualmente, 85% do volume de uvas já é colhido pelos produtores cooperados com o auxílio do equipamento, que é carregado com empilhadeiras e reduz o esforço excessivo durante a safra, além de diminuir a necessidade de mão de obra contratada.