Caxias do Sul 05/05/2024

Em novo pronunciamento, governador confirma que indústria pode voltar a operar no Rio Grande do Sul

Eduardo Leite diz que não dá para comparar a movimentação do comércio com a do segmento fabril
Produzido por redação, 02/04/2020 às 15:08:50
Em novo pronunciamento, governador confirma que indústria pode voltar a operar no Rio Grande do Sul
Foto: Felipe Dalla Valle, Palácio Piratini

Em seu pronunciamento diário feito ao vivo pela internet, na tarde desta quinta-feira (2), o governador Eduardo Leite confirmou que a indústria pode voltar a funcionar no Estado, diferentemente do decreto que impede a abertura do comércio em todos os municípios gaúchos até o dia 15 de abril. O motivo para a liberação do segmento fabril funcionar está amparado em justificativas:

“Não dá para comparar a movimentação da indústria com a do comércio, que lida com a manipulação desde os cabides, nas superfícies e envolve muita gente circulando, inclusive pelo transporte coletivo”, alegou o governador, dizendo que o setor do comércio responde por mais de 60% dos empregos formais no Estado.

Eduardo Leite também frisou que a indústria precisa se manter funcionando para sustentar a cadeia produtiva do Rio Grande do Sul, envolvendo alimentação, embalagens, itens voltados à logística, entre outros.

Sobre a pressão feita por entidades comerciais gaúchas para a flexibilização das medidas de funcionamento do varejo, solicitando a adaptação do decreto conforme a realidade de cada cidade, o governador disse que no momento segue suspenso até o dia 15 de abril o comércio no Estado, ressalvando os setores essenciais que podem atuar. O cenário só mudará se houver convencimento por parte de dados e evidências científicas, informa.

"Nós não temos situação de confinamento no Rio Grande do Sul. São medidas para impedir o fluxo maior de pessoas e reduzir a escalada do contágio do vírus num parâmetro superior à capacidade de atendimento hospitalar no Estado", pontua.

Apesar do decreto estadual liberar o funcionamento das indústrias, cidades como Caxias do Sul precisam atualizar suas determinações para que passem a vigorar. O último decreto local mantinha fechado o segmento fabril, o que continua valendo. A CIC de Caxias, no entanto, solicita a retomada gradual das atividades industriais a partir de segunda-feira, dia 6, destacando a importância do segmento para a economia e a geração de empregos. Há grandes companhias, como Marcopolo e Randon, que optaram por conceder férias coletivas aos funcionários por 20 dias.