POR MARCOS FERNANDO KIRST
Tristeza atrás de tristeza. O nada divertido e nada engraçado coronavírus vitimou, no início da noite desta sexta-feira (27), no Rio de Janeiro, o cartunista, humorista e educador carioca Daniel Azulay. O artista estava internado há alguns dias para tratar de leucemia, contraiu a Covid-19 e não resistiu.
Azulay dedicou sua longa carreira artística às crianças, tendo várias gerações de brasileiros passado por sua influência positiva, seja via televisão, pelos programas infantis que criou e comandou; seja pelos gibis, plataforma literária na qual foi abundantemente criativo. São criaturas dele, por exemplo, o “Capitão Cipó”, criado em 1968, e a inesquecível “Turma do Lambe-Lambe”, de 1976.
Foi precursor de programas infantis educativos na televisão brasileira nas décadas de 1970 até 1990, ensinando a criançada a valorizar reciclagem e a criar brinquedos com sucata, antecipando o conceito de sustentabilidade.
Azulay morre aos 72 anos de idade, vítima do coronavírus. Que seu legado de alegria, de empatia humana e doçura possa servir de amparo a todos os brasileiros, de todas as idades, nesse momento difícil para todos.
Tira do "Capitão Cipó"