Caxias do Sul 29/03/2024

1ª Rota do Veículo Elétrico do RS aciona as três primeiras estações de recarga

Pontos estão situados em regiões de alto fluxo turístico; dois deles na Serra Gaúcha e o terceiro no Litoral Norte
Produzido por Silvana Toazza, 21/01/2022 às 09:20:14
1ª Rota do Veículo Elétrico do RS aciona as três primeiras estações de recarga
Roteiro estreia com Café Tainhas, em São Francisco de Paula
Foto: Mauro Lúcio Macedo

POR SILVANA TOAZZA

No embalo da temporada de veraneio e férias, a 1ª Rota do Veículo Elétrico do Rio Grande do Sul acaba de inaugurar as três primeiras estações de recarga. Dois pontos situam-se na Serra Gaúcha e o terceiro no Litoral Norte, em eixos de alto movimento turístico. O projeto é encabeçado pela Magnani Luz e Energia, com matriz em Caxias do Sul e filial em Torres, que municia tecnicamente os pontos, em parceria com o Sicredi, que entra em cena como patrocinador.

Embora já existam algumas estações de recarga em Caxias do Sul e em outras cidades, o primeiro ponto de carregamento de carros elétricos desse roteiro inédito no Estado, que busca garantir infraestrutura fora dos eixos urbanos para o avanço em alta velocidade desse setor, estreou junto ao Café Tainhas, em São Francisco de Paula, parada tradicional de quem se dirige ao Litoral Norte pela Rota do Sol.

“O futuro já chegou. Estamos orgulhosos em fazer parte desse roteiro com esse projeto ecologicamente correto”, expressa Mauro Lúcio Macedo, proprietário do Café Tainhas, que já conta com energia solar, dizendo que a estação de recarga tornou-se ponto turístico, pois a inovação chama a atenção de quem chega ao local.

Carlos Magnani entrega estação de recarga a Simone Fagundes

A segunda estação de recarga inaugurada neste projeto fica junto à Casa Fagundes, no distrito de Vila Cristina, em Caxias do Sul, outro point dos turistas em direção a Nova Petrópolis, Gramado, Canela e arredores.

“Ficamos surpresos, pois nos primeiros quatro dias de instalação do ponto, três carros elétricos/híbridos pararam para carregar. Eram de turistas. Isso confirma que esse setor terá uma evolução mais rápida do que se imagina. Aqui, queremos abastecer a pessoa e o carro, independentemente da fonte de energia utilizada. O pessoal se encanta e fotografa”, salienta Simone Fagundes, proprietária da Casa Fagundes, cujo complexo de restaurante, empório e cafeteria também conta com um posto de combustível.

Estrutura instalada em frente à Casa Fagundes atrai turistas em direção à Região das Hortênsias

A terceira estação de recarga do automóvel elétrico da rota localiza-se em outro endereço estratégico: Torres. Foi instalado junto ao Restaurante Cantinho do Pescador, um reduto de alta circulação de veranistas e carros. Nesse caso, a patrocinadora é a Sicredi Caminho das Águas. As duas primeiras têm o patrocínio da Sicredi Pioneira.

Cantinho do Pescador, em Torres, disponibiliza carregador a veranistas

Carlos Magnani, diretor de Eficiência Energética da Magnani Luz e Energia, com unidades em Caxias do Sul e em Torres, destaca que o projeto da 1ª Rota Elétrica do Rio Grande do Sul tem despertado muito interesse por parte de empreendimentos convictos de que esse é um diferencial competitivo ao público.

Nesse primeiro momento, não há cobrança para a recarga elétrica do carro. A intenção da Magnani e da Sicredi é encerrar 2022 com oito estações de recarga já instaladas nesse roteiro no Rio Grande do Sul. Ou seja, outros cinco pontos já estão a caminho para sair do papel.

“Esse é um mercado que só vai acelerar. Precisamos estar preparados”, salienta Carlos Magnani.

Mauro Lúcio Macedo, proprietário do Café Tainhas, ressalta que, além de carros elétricos, outro diferencial da estrutura é a possibilidade de carregamento de motos e bicicletas elétricas.

Integração entre Litoral, Serra Gaúcha e Região Metropolitana

Jonas Eduardo Rauch, gerente de Negócios Estratégicos da Sicredi Pioneira, salienta que a primeira rota elétrica do Rio Grande do Sul visa a integrar as regiões do Litoral, Serra Gaúcha e Região Metropolitana, nas quais deve ser instalado um conjunto de pontos de abastecimento de veículos elétricos em empresas parceiras.

Essa iniciativa está alinhada com o olhar de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento das comunidades que a cooperativa tanto preza. Ele lembra que a mobilidade elétrica é um tema que está no caminho que a Sicredi Pioneira já vem percorrendo com a energia solar desde 2017, consolidando-se como a principal instituição financeira com linhas de crédito exclusivas.

“Já que já estamos conseguindo gerar energia elétrica a partir de fontes renováveis, como a energia solar, como a gente pode usar essa energia gerada também para alternativas de impacto sustentável do nosso dia a dia? A mobilidade é algo muito relevante. É um tema muito estratégico porque promove o desenvolvimento das nossas comunidades e o aumento da consciência da sustentabilidade”, defende Rauch.

Além do perímetro urbano

A intenção é instalar a estrutura de recarga do carro elétrico em pontos de alta circulação e nos quais as pessoas possam parar para se alimentar ou descansar por, no mínimo, 30 minutos, tempo para o recarregamento parcial do veículo.

O foco são restaurantes, cafés, lojas de conveniências, hotéis, entidades de classe, supermercados, entre outros. Um raio de mais de 100 quilômetros com estações de carregamento permitirá que o proprietário de um veículo elétrico tenha autonomia assegurada para circular por regiões gaúchas sem preocupação.

Paulo Magnani, diretor geral da Magnani Luz e Energia, frisa que, entre os motivos que levaram a empresa a se envolver na dianteira da mobilização para as estações de recarga elétrica, está a necessidade de oferecer infraestrutura para o setor além dos eixos urbanos.

“Se esses veículos elétricos não tiverem onde abastecer, eles ficarão somente confinados ao perímetro urbano. Ou seja, o carro, apesar de ter autonomia, ficaria restrito às áreas nas quais estão instalados os carregadores ou teria de mudar para a gasolina. Existindo a rota, ele tem a possibilidade de fazer trajetos mais longos, recarregando para continuar a viagem, inclusive turística. Queremos tornar o veículo elétrico não só urbano, mas de viagem”, argumenta Paulo Magnani.

A saber: com um carro elétrico, além do apelo da sustentabilidade, a economia anual não se dá apenas no abastecimento, cuja diferença é expressiva em relação à gasolina ou álcool, mas também na manutenção do automóvel, que é mínima.

O segmento avança em alta velocidade, já que, a partir de 1º de janeiro de 2030, está em estudo a proibição da venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis no Brasil, e em 2040 nenhum automóvel a gasolina ou diesel poderia circular no país.

Ponto extra: o aplicativo PlugShare apresenta um mapa sinalizando as estações de carregamento próximas à região por onde está circulando o motorista do carro elétrico.

Os estabelecimentos interessados tanto em patrocinar o projeto, ganhando visibilidade em marketing, quanto em receber um carregador elétrico na nova rota, podem contatar a Magnani Luz e Energia pelo telefone/WhatsApp (54) 4009.5255