Caxias do Sul 20/04/2024

Caxias do Sul recebe patente de inovação para tratamento da diabetes

Fitoterápico foi obtido com os extratos de uma planta amazônica
Produzido por redação, 21/12/2020 às 08:58:20
Caxias do Sul recebe patente de inovação para tratamento da diabetes
A invenção resulta de extratos de uma planta amazônica
Foto: Manuela Merlin Laikowski

Um fitoterápico inovador para tratamento da diabetes, desenvolvido pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), acaba de receber carta-patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. A invenção resulta de extratos de uma planta amazônica conhecida como "miraruíra", de nome científico Rourea cuspidata.

Pesquisadores esperam que o princípio-ativo origine medicamento comercializado no intuito de beneficiar o maior número de pacientes diabéticos. Com isso, a UCS celebra a conquista de mais uma patente de invenção, dessa vez nas áreas da Farmácia e da Química. A pesquisa é descrita como promissora pelo professor Sidnei Moura e Silva, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da instituição.

A carta-patente tem validade de 20 anos, a contar da data do início do processo, em 2016.

"Além das publicações científicas, a patente concedida pelo INPI nos concede o direito de explorar esta tecnologia até 2036, contemplando o uso de extratos padronizados desta planta visando tratar a diabetes", pontua.

O extrato foi capaz de baixar os níveis de glicemia em ratos

O projeto foi desenvolvido durante a pesquisa de mestrado da hoje mestra e doutoranda em Biotecnologia Manuela Merlin Laikowski, com o suporte dos professores Sidnei Moura e Silva, doutor em Toxicologia e Análises Toxicológicas, Leandro Tasso, doutor em Ciências Farmacêuticas, e Paulo Roberto dos Santos, doutor em Biotecnologia.

"O extrato foi capaz de baixar os níveis de glicemia em ratos, bem como recuperar células danificadas do pâncreas. Ainda estamos estudando os mecanismos, mas, em princípio, trata-se de uma sinergia entre os compostos presentes", explica Manuela.

Detalhe: considerando o dado do Ministério da Saúde de que são 12,5 milhões (7% da população) os brasileiros afetados pela doença, os pesquisadores esperam que o medicamento seja comercializado com o propósito de beneficiar o maior número de pessoas.